terça-feira, 15 de setembro de 2009

O FIM PODE SER UM NOVO COMEÇO
O fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo
Lucas Secão



Fugindo das características dos posts anteriores e saindo um pouco do meu invólucro, deixo hoje, meus pensamentos caminharem pelo mundo real, e venho dissertar sobre o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Sou jornalista formado, e antes que perguntem, sou a favor da obrigatoriedade do diploma, não por "picuinha", ou por ter pago quatro anos de faculdade, mas por prezar pela qualidade, a qual pressupõe-se, que uma formação de nível superior proporciona para o exercício de qualquer profissão.

Porém, não venho aqui desmerecer nenhum jornalista que exerce a profissão sem ter diploma, pois muitos são tão bons profissionais quanto os milhares de diplomados que existem na esfera profissional jornalística. Vocês devem estar perguntando-se: Aonde ele quer chegar com esse discurso? Responderei.

Eu realmente acho que a obrigatoriedade deve permanecer, não apenas para garantir a qualidade pressuposta citada anteriormente, mas para fortalecer a classe, no que diz respeito à regulamentar a profissão e garantir direitos e deveres para o profissional da área. Sou a favor de uma classe organizada, e acho que a obrigatoriedade do diploma favorece esta organização. E diante disso fica a pergunta: Será que se a criação do conselho de jornalismo tivesse sido aprovada, o STF (Supremo Tribunal Federal) teria força para agir da forma como agiu? Essa é uma reflexão que deixo no ar, mas para ser discutida a posteriori, voltemos ao diploma.

Voltando a questão da organização profissional, é inconcebível, que a atuação profissional jornalística seja comparada a profissões de nível técnico. Saber escrever e descrever fatos, qualquer analfabeto funcional sabe, mas informar, com ética, responsabilidade, de forma que, a informação esteja pautada e permeada no bem estar social, são, dentre outras características, elementos basilares no trabalho do jornalista, no qual, grande parte é aprendido e exercitado dentro da faculdade. E é isso que está em jogo.

Não estou aqui querendo dizer que jornalistas que atuam sem diploma tem este tipo de conduta, mas temos que agir em prol de uma melhor organização e regulamentação profissional, deixar a classe coesa, e a ausência da obrigatoriedade diploma desfavorece essas questões.

Minha maior indignação não é meramente a queda da obrigatoriedade do diploma, mas a forma como tudo foi feito. Sou consciente de que algumas funções no âmbito da comunicação não precisam ser exercidas apenas por jornalistas. Sou consciente também, que antes da obrigatoriedade do diploma para o exercício da função, já existiam profissionais competentes, detentores de todas as características que um bom jornalista deve ter. Mas, mesmo diante desses fatos, não podemos desconsiderar, que a graduação superior e o seu reconhecimento, é primordial para estabelecer a confiança social no profissional, que exerce qualquer tipo de função, quando a atuação nesta função, repercute efetivamente em toda uma sociedade.

A meu ver, o mais correto é revisar a lei de imprensa, estabelecendo as funções, dentro da área de comunicação, que podem ser executadas por profissionais sem diploma. Exercitando o bom senso, sabemos que existem profissionais que atuam na área antes da obrigatoriedade do diploma constar como regra, sendo assim, para esses, daria-se o direito de atuar na profissão, já que muitos deles foram responsáveis pelo bom jornalismo de outrora. Salvo essas condições, estabelece-se uma data e todo profissional que puder comprovar que já atuava na função antes desta, poderia exercer a profissão, posterior a ela, apenas detentores de diploma.

Essas são apenas algumas das sugestões que podem ser levadas em consideração. O que não pode acontecer é deixar a situação como está, ao descaso, pois desta forma só emergem questionamentos. Uma vez sancionada a não exigência do diploma para o exercício da profissão, como será feita a emissão do DRT (registro profissional)? Qualquer um poderá adquiri-lo? Uma vez que jornalistas não serão mais diplomados, pessoas não graduadas poderão dar aula, em um curso de graduação, já que são detentores de DRT? Entre outras questões.

A verdade é que a decisão do Supremo Tribunal Federal, foi tomada de forma irresponsável, sem pesar as conseqüências que poderia acarretar, não só no âmbito jornalístico, mas em todo âmbito da comunicação. Independente da decisão que perdure, precisamos fazê-la de forma organizada e consciente, analisando seus meandros e suas conseqüências, para não nos desvirtuarmos do que é realmente essencial, o melhor para a sociedade.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Tempo

Sempre queremos recuperar o tempo perdido, mas, o que não temos consciência, é que não recuperamos nada, pois, nada se repete, nada é da mesma forma, nada é igual.
Aproveitemos cada momento, pois serão únicos, e caso os perca, lamente, até porque somos humanos, mas lamente apenas por um segundo, porque mais do que isso, é perda de tempo.

Lucas Araújo (LucaSecão)

Eu e o tempo
Autor: Lucas Araújo (LucaSecão)

Nada voltará a ser, como um dia antes.
O amanhã de ontem, fora a um minuto.
O tempo é remédio, o tempo é cicatriz.
O tempo está a frente, com a vida sempre atrás.

O tempo pede calma, a calma pede tempo.
É um culpando o outro, por tudo que acontece.
A culpa aparece, com o azar a tira-colo.
Que chega avisando, sobre o padecer da sorte.

A calma vai embora, e o tempo se perdeu.
A sorte então sorri, olhando para vida.
A culpa da risada, do azar que segue andando.
A sorte se levanta, enquanto a vida fica olhando.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Inquietude

Após um ano, sem postar nada, resolvi atualizar o blog, para deixar registrado a minha atual inquietude espiritual. Tal situação emocional, ficará descrita, em forma de uma letra de música, composta por mim.

Título: Mais um personagem
Autor: Lucas Secão

É incrível o que a solidão é capaz de fazer

Criar moldes para quem quer sofrer

E mesmo ao lado de tudo

Não vejo nada a minha volta

Coberto por sentimentos tresloucados

Carente de um argumento eficaz

Sozinho dentro de mim mesmo

Sem saber quem realmente eu sou

Procurando quem sou em você

Procurando quem um dia vou ser

No espelho assistia o fim

O fim de mais um personagem

Dos muitos que criei pra enganar

Do muitos que usei contra mim



sexta-feira, 9 de maio de 2008

Eule o sonho e a vida!

LucaSecão

Um dia conheci um homem que vivia de sonhos.
Sonhos que o faziam, sou feliz!
Sonhos que o faziam, acredito!

Um belo dia ele, acordei!
Um belo dia ele, chorei!
Não mais belo o dia ele, lavantei!

Aquele velho homem eu acho que já não dorme mais, por medo de sonhar e ter que acordar de novo.

Aquele antigo sonho já não existe mais por medo de ser abandonado!

me resta a ele vender a sua cama já que ela não serve mais, pois o medo de fraquejar e dormir de novo me ronda ele.

me resta a ele admitir que sou eu e eu admitir que sou ele e parar de encher meu texto de erros de concordância.

No final, depois de tudo pergunto a esse imbecil, seria melhor viver ou sonhar? Viver sonhando ou sonhar vivendo? Ou apenas viver e sonhar!

Um dia quem sabe eule encontro a resposta.

terça-feira, 18 de março de 2008

Porque tudo são apenas palavras.

Lucas Secão

Não adianta tentar entender o ser humano, cada um é cada e todos são iguais.

O mesmo que recrimina o ciúme é quem invade a casa da parceira pra ter certeza que ele está só. Por seguinte, a parceira possessiva que tem ciúmes da relação do seu parceiro até com seres inanimados é quem tenta dar lição de moral no namorado que hoje está inseguro.

Não vale a pena tentar entender as mulheres, a mesma que reclama de falta de atenção não dá um telefonema pra saber se o cara está vivo, ou então só liga para saber quem é aquela fulaninha que deu um oi no orkut.

Não vale a pena tentar entender os homens, o mesmo que enquanto namorava não largava o seu bába por nada, depois que termina o namoro fica um ano sem jogar bola.

Novamente não dá pra entender as mulheres, a mesma que jurou amor eterno no dia anterior e pede pra te ver amanhã, não faz questão nenhuma da sua presença e ainda pede pra você se anunciar na portaria depois de séculos de relação.

Não vale a pena tentar entender os homens, o cara que sempre foi muito centrado passa a agir como um garoto de 16 anos por causa de uma mulher.

Não vale a pena tentar entender o que foi dito, porque muitas vezes nada tem sentido e palavras são só palavras, que para cada um que as pronuncia possuem significados diferentes e razões distintas para serem ditas.

Não adianta tentar entender a vida, pois ela não foi feita para ser entendida e sim vivida com todos os desencontros e toda falta de nexo que lhe é peculiar.

Não tentemos relacionar o que ouvimos com o que sentimos, por que nós mesmos não fazemos sentido uns para os outros. Não adiantaria querer se explicar através de palavras, porque o mesmo não, que hoje soa doendo, amanhã é sua libertação.

Algumas palavras se perdem no vento, outras muitas se eternizam na mente, é uma relação paradoxal mas é assim que se vive. Tomemos cuidado com o que falamos e fazemos pois nem sempre o talvez seja talvez, o sim realmente seja sim e quase sempre o não nunca quer dizer não.

Ou sim, ou talvez, sei lá!

quarta-feira, 12 de março de 2008

O Fim ou a Eternidade...

Lucas Secão

As lágrimas caem e como a chuva também deixam suas marcas, mas o tempo há de secá-las. O amor, motivo pelo qual as lágrimas tendem a cair também é temeroso ao tempo, pois nem todo amor consegue ser mais forte do que ele.

Como já havia dito, as lágrimas são como chuva, sinônimo de tristeza para alguns e de felicidade para outros, já o amor se assemelha ao homem, intenso em suas ações, às vezes sem sentido, mas nunca sem motivações, pois todos sempre amam alguém ou alguma coisa.

O amor é como um ser vivo, nasce e cresce só se diferencia na fase da morte, pois alguns são eternos, casos raros mas não impossíveis e outros como é comum acontecer morrem. Uns por falta de cuidado, outros pelo seu tempo de vida e outros ainda sem motivo algum apenas padecem, a dita morte fulminante.

Para esse último exemplo, alguns inconformados e muitos desentendidos sobre a natureza do sentimento tentam lhe atribuir causas e razões, o principal erro, um atentado contra tudo que o mesmo proporcionou durante todo seu tempo de vida.

Assim, para amores que findam sem motivo não há causas ou remédios, culpados ou inocentes, pensar assim é errar de tal modo que o sofrimento torna-se a única saída.

O que diferencia o grande homem dos demais, o que credencia alguém a ser denominado grande é justamente reconhecer o fim, sem muitos questionar sobre a natureza deste fim, pois quando acontece desse jeito, fulminante, tentar prolongar algo que não existe mais não tem muito sentido.

Muitos especialistas dizem que para ataques fulminantes o principal remédio é tentar contra-atacar ainda nos minutos iniciais do mesmo, muitos não sabem disso, muitos deixam de voltar a vida por isso, acho que deveria ter sabido disso um pouco antes.

Mas é difícil reconhecer a hora de acabar, de parar de lutar, somos humanos, gostamos do que fazemos, amamos... reconhecer que algo que proporcionou tanta felicidade tenha que chegar ao fim não é tarefa fácil para ninguém, mas está ai a diferenciação do homem para o grande homem, do homem para o sábio, saber parar.

Nestes casos só resta aprender com o amor, o sentimento mais sábio, mais triste, mais ingênuo, muitas vezes perverso, muitas vezes intenso. Por essa variedade de características que o amor assemelha-se ao homem, desde seu nascimento até o seu fim, se pudesse materializar o amor, ainda iria mais além, arriscaria dizer que o mesmo se faria mulher, assim explicaria toda sua complexidade e a dificuldade de entendimento dos homens, neste caso como seres de sexo masculino.

Isso explicaria muita coisa, a diferença de como homens e mulheres lidam com o amor chega a ser grotesca, de como os dois enxergam e entendem o mesmo sentimento, mas esse caso precisa de uma análise própria que não pode ser respondida agora, voltemos só para o amor e suas características.

Nem um ser é igual ao outro, como nenhum amor é igual ao outro, está ai mais um semelhança entre o amor e o homem, todos tem características próprias, uns fortes, outros fracos, uns alegres outros chatos e alguns poucos inesquecíveis. E nesse ponto, chegamos a grande diferenciação do grande amor para o amor, a capacidade de ser inesquecível.

A eternidade é o que diferencia os grandes dos casuais. E como ser grande? Essa é a pergunta... A resposta: Sabendo a hora certa de parar, pois só assim não seremos capazes de estragar algo que foi bom com brigas, disputas e outras mazelas de casos assim.

Inesquecível é o amor que apesar de todos os enlaces só carrega consigo boas lembranças, boas risadas, bons beijos, bom... Como acontece com o homem, o amor só adquire a eternidade através da representatividade da sua história, dos seus atos, de como será lembrado.

Amor eterno é amor com boas lembranças!!!